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Artigo – O Mal se Disfarça de Fake

Pensam estar no anonimato: ocultos por um fino véu de um perfil falso. Acreditam que a Internet é um território sem lei.  Enganam-se e esbarram no descrédito e nas ações judiciais. Com a aproximação do período eleitoral, entra em voga o modelo sujo de esconder a identidade para tentar angariar algum capital eleitoral que não vem atacando pessoas, instituições e políticos.

Pode parecer cena de filme ou distante, mas é tão real quanto a verdade de que criador de fake não tem qualquer credibilidade ou moral para falar sobre determinado assunto, pois se baseia estritamente na convicção individual e de grupos para tentar denegrir a imagem de um opositor, por exemplo.  É o que se constata com a criação de perfis coordenados por grupo de pessoas com o interesse de tumultuar as informações sem dar voz ao que pensa em contrário. Ao menos ético, no mínimo, seria, se quem se esconde na imagem de um fake profile compreendesse que no mundo das informações e formação de opinião é essencial analisar todos os lados para então publicar algo verdadeiramente consistente e de utilidade pública. Mas, o erro já começa no se esconder no fake.

É mal por trás do disfarce. Vez ou outra, no mister de informar observando o princípio da transparência é possível o comunicólogo se deparar com alguns fazendo uso dos meios de comunicação de modo escuso e sem qualquer escrúpulos. Acreditam que somam, quando dividem. Colaboram para a tensão e ainda se fazem de vítimas quando, acuados pela Lei se encontram. Desta forma, o cidadão deve compreender que qualquer um que lança mão do artifício do “fake” não contribui em nada para a mudança de realidade, pois, o cidadão, ciente dos seus direitos, tem total garantia inclusive constitucional de buscar seus direitos, questionar, pedir soluções e até elogiar.

Ao correr do tempo que culminará nas Eleições Municipais 2020 uma pequena onda de “fakes” vão surgir com a tentativa de transformar o debate político em rinha. Decerto, não se vê outro caminho quando um grupo de pessoas combinam entre si criar um perfil falso em rede social para atacar sem propor, agredir sem dialogar e mentir sem a humildade de saber o que se passa realmente. Oxalá que os cidadãos, mais conscientes da importância de um processo de comunicação estejam atentos e denuncie perfis fakes, colaborando diretamente e deste modo para a Democracia.

São atitudes simples que podem orientar uma rede social que não é livre território, mas uma replicação do mundo real, inclusive com seus direitos e deveres.

 

José Batista Neto – ASCOM 2020